Beer Sheba Daycare Center (Beer Sheba, Israel_2013)

Exterior-cópia

Conceito

A proposta capta a organização da cidade antiga, com espaços de permanência e circulação e até vazios com limites bem definidos, e integra-a na restante cidade de objectos. Com uma estrutura bem definida, o edifício é esculpido sendo subtraídos volumes que originam vazios e espaços verdes. Este acto de esculpir é transposto para a implantação do volume, adequando-se à morfologia do terreno.

Relação com fabrica urbana

Beer Sheba é uma cidade de objectos. Não tem exactamente os elementos urbanos tradicionais tais como a rua e a praça. Assim, cria-se ao nível da rua uma praça multiusos escavada no terreno, que considera as estruturas que a rodeiam e estabelece sinergias complementares que favorecem o encontro de pessoas. Procura e estabelece uma relação entre os residentes do centro com a restante sociedade fazendo a transição do domínio público para o domínio privado.

Funcionamento – Influência da Cidade Antiga  

O edifício organiza-se segundo eixos de circulação com diferentes hierarquias. Os espaços de permanência comuns surgem numa posição central no edifício iluminados por pátios interiores, enquanto que os espaços de permanência privados surgem nas extremidades. Estas unidades são vistas como pequenas casas que conferem um sentido de pertença e que se encontram em intima relação com o espaço exterior. As áreas administrativas e de serviço localizam-se centralmente facilitando a distribuição para todo o edifício.

Desta forma, o funcionamento é claro, simples e eficaz, permitindo uma maior adaptabilidade para um futuro aumento do número de residentes.

Linguagem arquitectónica – Influência da Cidade Objecto

Linhas geométricas puras acentuam o carácter escultórico de objecto do edifício. Vãos de grandes dimensões enfatizam a própria actividade dos utilizadores, que em última análise são os responsáveis pela vida do edifício.

Fases de projecto

A linguagem arquitectónica adoptada permite uma adaptabilidade às fases de construção, isto é, independentemente do estado de construção o edifício é visto sempre como resultado final.

Pensa-se num programa complementar, construído por etapas, de salas polivalentes, café e piscina terapêutica abertos ao público, que favorecem a interacção dos residentes com a restante sociedade bem como uma rentabilização económica do conjunto.